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terça-feira, 24 de maio de 2016

EDUCAÇÃO NO CAMPO:Retrocesso Politico.

 No artigo que segue, o autor Davi Vicente, discute sobre politica publica de Educação no Campo e aponta retrocesso na area; Davi é um dos pré-candidato a prefeito de Tupanatginga, atua nos movimentos sociais e sindical, atualmente está residindo em Caruaru, cursando faculdade e quase sempre aos finais de semana visita sua terra na promessa de conquistrar seu espaço politico junto com seus correligionarios.

EDUCAÇÃO NO CAMPO
       Refletiremos neste artigo acerca de como a política pública de Educação do Campo vem sofrendo retrocessos. Justamente por parte de governos do Partido dos Trabalhadores. Diante dessa questão fez-se uma análise dos governos atuais: Governos Municipal, Estadual e Federal.
Na análise desta conjuntura verificou-se que a luta pela Educação do Campo sofreu retrocessos de duas naturezas: a) deslocamento de lugar da Educação do Campo que, paulatinamente, vem se deslocando das origens camponesas, e b) pela institucionalização da política, que afastou deliberadamente as organizações dos trabalhadores de sua condução.

 O PRONERA (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária) teve por objetivo oferecer ensino superior, público e de qualidade aos moradores do campo ligados aos movimentos sociais e à luta pela reforma agrária. Desta forma, buscamos ressaltar as principais características que distinguem este Curso Especial de um curso regular, além das dificuldades de sua implementação e a importância de sua criação.
Ø                   A escola é resultado de um processo histórico, ela surge no século XVIII junto com o processo de industrialização. 
Ø                   Ela participou da construção da nova ordem burguesa, capitalista, contribuiu para a formação da classe trabalhadora assalariada.
Ø                   Pela naturalização do trabalho assalariadoaprende-se na escola a ordem burguesa, o trabalho capitalista, assalariado. Desde pequeno se aprende que se será trabalhador para receber salário, estudar para ser alguém na vida. 
                       Pelas práticas Alienadas: o processo educativo é condicionado por elementos alheios aos sujeitos: O aluno é alheio ao planejamento escolar, os professores são alheios ao currículo, etc.
Ø                    Pela Competição: a escola fomenta a competição destrutiva entre seus membros, ao contrário da cooperação. Incentiva o fracasso dos outros e o êxito alheio é percebido como um fracasso próprio.        
Ø                                  A avaliação é tida como um motivador artificial da aprendizagem, por ela se materializa o controle e as relações... A nota vira uma moeda de troca, produzo algo e recebo algo em troca (uma nota).
Ø                             Para Freitas, a lógica da exclusão e a lógica da submissão se completam: caso as crianças não aprendam o conteúdo escolar,aprenderão a ser submissas. Sendo a escola espaço da preparação dos futuros possuidores individuais da força de trabalho no mercado e futuros competidores a disputar vagas nas empresas e a ser capital humano.
     Precisa que a organização do trabalho pedagógico tenha a ver com a realidade do campo para que transcenda a mera função de instrução no processo de ensino-aprendizagem;perpassando pela função educativa da escola, gestão participativa, participação da comunidade, cultivo da mística e padrões de cultura e convivência que respeitem os valores de igualdade, justiça e solidariedade, fazendo da escola um ambiente com conteúdos ancorados na realidade.
Ø                                Conhecimento escolar é derivado da vida
Ø                                Pesquisa da realidade (Inventário da realidade)
Ø                                Desenvolver o trabalho socialmente necessário (campo)
                  Vinculo escolar e trabalho – conexão com a vida 
Ø                              Organização do campo escolar em diferentes momentos: aulas, leitura, mística, trabalho,           Educação Física.
Ø                              Aumento do tempo escolar
Ø                               Condições estruturais

    O desafio é fazer uma escola que garanta de fato acesso ao conhecimento necessário ao uso do dia a dia do campo, e para além da realidade específica do homem do campo preparando-o, também, para o mundo.



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