Portal Tupanatinga: novembro 2017

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domingo, 12 de novembro de 2017

Irmãs de Jesus Bom Pastor – Pastorinhas


No dia 13 de fevereiro do ano 2000, em baixo da forte chuva aqui chegaram três Irmãs Pastorinhas: Ir. Maria de Fátima Piai, Ir. Marli Terezinha Zavaski e Ir. Cristiane Ribeiro. Dias depois acompanhadas da amiga Áurea Estalião foram à zona rural visitaram algumas localidades.

O encontro com as professoras visitadas já foi o início do trabalho missionário a que vieram, pois algumas das professoras tornaram-se catequistas a partir deste encontro. Em pouco tempo já conheciam toda a zona rural. Foram grandes cooperadoras do Pe. Adílson Tadeu Ferreira e dos padres sucessores. Muitas comunidades foram formadas com a contribuição delas. Ministraram várias formações como: catequese, crisma, estudos bíblicos e outras mais. Incentivaram-nos a engajarmos nas diversas pastorais da Igreja.

Assim como os sacerdotes são enviados de uma paróquia a outra, assim também acontece com elas. Primeiro saiu a Ir. Cristiane, depois a Ir. Fátima e tempos depois foi a vez da Ir. Marli, entretanto sempre vinham outras para sucedê-las. Passaram por nossa paróquia também as Irmãs: Rosilda de Lima, Selma Aparecida de Souza e Maria Augusta Ramos; as noviças: Maria Zilda Silva Santos, Vana Barbosa e Joana D’Arc Assunção. No momento atuam as Irmãs: Aparecida Josefa Macoris, Maria Eugênia Pedrosa e Florinda Dias Nunes. Junto com as Irmãs está a jovem Inês de Barros Pereira em experiência para ingressar no Aspirantado. Todas elas, desde as primeiras às mais recentes Irmãs, foram bem acolhidas no município e reconhecidas pelo grande trabalho de evangelização realizado por cada uma delas para o crescimento espiritual das pessoas. Além do trabalho de evangelização as Irmãs assumiram os trabalhos sociais.

No dia 14 de fevereiro de 2007 foi fundada a Caritas Paroquial Santa Clara de Assis sob a coordenação de Ir. Marli, em abril de 2008 deu-se o início do Projeto “Crescendo com Cidadania”. Projeto este que conseguiu tirar muitas crianças das ruas, as mães tiveram orientação para cultivar hortas e até usufruíram das hortaliças que cultivavam. Houve também a construção de cisternas para consumo humano e ainda das cisternas calçadão para o plantio de hortaliças e criação de animais de pequeno porte. 
A Cáristas atual está sob a coordenação da Ir. Aparecida que graças a seus esforços, o prédio do Projeto “Crescendo com Cidadania está sendo reformado; no mês de setembro ela lançou a campanha de doação de brinquedos para as crianças do referido Projeto e outras mais. A população contribuiu bastante e foi comemorado de forma festiva o Dia das Crianças. Outras comemorações foram realizadas ao longo dos anos. Tudo que fizeram foi visando o bem comum das pessoas.

Como foi dito, assim como os padres, elas também saem para servirem em outras paróquias.Irmãs, vocês estão na eminência de partirem, entretanto, tenham a certeza de que a semente que plantaram continuará frutificando com a graça de Deus. Haja visto o ingresso no seminário dos jovens Benevaldo, João Paulo, Marquinhos e Netinho; e das jovens Joana D’Arc, Maria Jean Bezerra e Inês na Congregação da Irmãs Pastorinhas uma vez que tiveram o incentivo de vocês para dedicarem suas vidas a serviço do Reino.

Partam com a consciência do bem que fizeram a todos os paroquianos. Nós tupanatinguenses seremos sempre gratos pelos trabalhos realizados, bem como pela amizade que tão bem soubemos cultivar.
Amigas, vocês saem da cidade, mas continuarão no coração de cada pessoa e em especial daquelas com as quais foi mais próxima convivência.
Saudades e o nosso carinhoso abraço.

Maria José Pereira de Melo


















quarta-feira, 8 de novembro de 2017

CÂMARA DE VEREADORES RECEBE REPRESENTANTES DO COMERCIO LOCAL

Comerciantes de Tupanatinga preocupados   com o aumento  da violência e assaltos na Cidade, vão a Câmara de Vereadores em busca    de Solução.

Reunião da Câmara de vereadores                                                                                        Fotos: TV DESUSA BRANCA           
por Edimilson

 Na reunião   desta terça-feira (07), a Câmara de Vereadores de Tupanatinga recebeu representantes do comercio local, preocupados com o problema da segurança pública no município. Segundo o Presidente da Associação Comercial, José Aldo de Santana, a procura da câmara pela associação, foi motivada em virtude dos inúmeros assaltos que vem acontecendo no município:

" Nos últimos tempos, bandidos, explodiram caixas eletrônicos no Banco do Brasil, assaltaram a agência dos Correios, além de roubos a residências, comércio da cidade e nos distritos e por último o correspondente Bradesco, da Comerciante Claudiana Tavares." 


Para o Presidente, além do medo decorrente da violência, o comerciante vem arcando   com um prejuízo incalculável   decorrente da seca que vigora há mais de cinco anos na região e o agravamento ainda com o fechamento da principal agencia bancaria da Cidade, responsável pela maior circulação de recursos financeiros no comercio. Diante disso os comerciantes recorreram a Casa Legislativa para fazer um apelo aos nobres vereadores, sobre a situação caótica em que se encontra o comercio e toda a comunidade. Para a empresaria, Claudiana Tavares, trata-se mesmo é de um pedido de socorro.
A questão da segurança trazida pelos comerciantes, apresentada de forma urgentíssima, deu oportunidade de debater vários pontos da segurança do Município.

A Situação de Segurança pública no nosso país está um caos. Em Pernambuco já foi prioridade, em nosso município, para começo nem o poder Judiciário foi constituído. A comunidade   sofre, principalmente a população de baixa renda que sofre mais ainda, e não tem a quem  recorrer, mas com o agravamento da situação,  outros setores vão sendo atingidos, os problemas também vão tomando outras dimensões, antes era segurança patrimonial, passou a ser pessoal, eram assaltos, depois homicídios. Hoje há perigo na rua,na feira,  na esquina, no bairro, em casa. Hoje o problema não é  só do outro é meu também. É nosso.

O Presidente da Câmara, Joaquim Neto, falou de um encontro marcado com o Senador Fernando Coelho a ser realizado na próxima Quinta Feira (16) e que já organizou uma comissão de vereadores   para esse encontro e que seria bom que o comercio também formasse uma comissão e juntos falaríamos desse assunto. O Vereador também questionou o descaso da segurança da nossa Cidade pelas autoridades do Estado e que se arrasta a um bom tempo: 
 "fizemos aqui um levantamento e no momento estávamos aqui com 12 homicídios para uma população de 27 mil habitantes. Aqui estamos dentro de uma guerra Civil e a gente não sabe. Temos aqui três militares por dia e apenas um agente de polícia civil. Tupanatinga   há três anos está sem uma delegada  dando plantão na Cidade"   

O Vereador José Carlos (Carlinho de Ildefonso),  falou da falta de vontade politica da classe politica, que em sua maioria, só produzem palavras bonitas e falsas promessas enquanto isso a população, é quem paga o pato:
 " Primeira vez da minha  gestão como vereador foi de 1996 a 2000, nesse período foi criada uma lei guarda municipal de Tupanatinga, mas essa lei nunca saiu do Papel. E essa guarda municipal tem poder de policia." 

O Vereador Áureo, lembrou que a questão da segurança é o que mais fora debatido nessa Casa, e na última reunião foi apresentada um projeto de Lei do Sr. Prefeito sobre a   criação de  um conselho de segurança municipal que será composto por  representantes da sociedade civil, poder publico e autoridades ligada a segurança publica.
" O Conselho reunir-se-á, no mínimo, uma vez a cada dois meses, em caráter ordinário. E com certeza, será uma instrumento e um espaço para avaliar, acompanhar, apontar as autoridades; zelar pelo bom relacionamento da comunidade; fiscalizar a aplicação dos recursos destinados à área de segurança pública no município; elaborar relatório semestral acerca do COMSEG.
Esperamos portanto que agora se convide os representantes mencionados e que se coloque em funcionamento," concluiu o Vereador Áureo.



O Vereado Luís Wellyson, Parabenizou ao Comercio por ter se organizado através da  associação e pela brilhante inciativa de provocar o debate, chamando atenção das autoridades para a questão da falta segurança  em nosso município, tema esse que segundo o vareador, essa casa mais se empenhou desde iniciou dos trabalhos em janeiro.
O Parlamentar lamenta que vários requerimentos seus e de alguns  vereadores sobre iluminação da cidade e sobre segurança publica não tenha sido atendido pelo prefeito e o que resta então  é pedir a Deus  enquanto o poder publico não chega e  ao Sr. Prefeito que consiga capacidade financeira para que ele possa amenizar um pouco dessas demandas.



O Vereador Artur Flor Junior, falou aos representantes do comercio, da importância dessa viagem a Recife em comitiva ao encontro de autoridades políticas e de segurança pública para que atendam em caráter de urgência, as reivindicações dos vereadores e da comunidade local:
” Vamos ao Recife, falaremos com o Senador, com o Secretário de Segurança e com a resposta marcaremos uma audiência pública juntos com os Poderes e assim agente sanar com esse problema"
O vereador lamentou ainda a situação preocupante em que se encontra o Município inclusive em outras áreas.  

Todos vereadores se pronunciaram em defesa da causa até porque o assunto polemico vem de longe. A comunidade agora está no limite.
 Diante dos embates o comerciante Romário, pediu a palavra e desabafou um pouco daquilo que  maioria da população sente, a fragilidade do cidadão que não pode e não tem a quem recorrer para resolver uma situação pública, ou seja, uma situação de segurança publica, que está encurralando toda comunidade e o poder publico não tem uma solução a curto prazo, embora a situação já passa de dois ou três anos:.
"Estamos aqui para buscar uma solução da segurança do nosso município, não só para o comercio mas para toda população . Agente vê os idosos que mais sofre, vindo três horas,  uma hora da manhã, idosos  de 70, 80 anos na fila  esperando para tirar seu beneficio, sabe Deus lá se terá dinheiro quando agente  abrir.Com isso sofre os idosos, sofre os funcionários e sem contar os que vão para Arcoverde, Buíque, fora o risco no transporte. Então queremos uma decisão concreta. Vocês como Vereadores, vocês têm o meio de vocês, de cobrar, de realizar, se a culpa é do Prefeito, vocês estão aqui para fiscalizar, para cobrar, para nos representar. E se for caso agente se junta e cobra.", finalizou Romário.



terça-feira, 7 de novembro de 2017

DECRETO DE NATAL

Para iniciarmos as reflexões deste tempo do Advento, em que nos preparamos para celebrar o Natal, colocamos aqui um texto do Frei Betto 



Fica decretado que, neste Natal, em vez de dar presentes, nos faremos presentes junto aos famintos, carentes e excluídos. Papai Noel será malhado como Judas e, lacradas as chaminés, abriremos corações e portas à chegada salvífica do Menino Jesus.

Por trazer a muitos mais constrangimentos que alegrias, fica decretado que o Natal não mais nos travestirá no que não somos: neste verão escaldante, arrancaremos da árvore de Natal todos os algodões de falsas neves; trocaremos nozes e castanhas por frutas tropicais; renas e trenós por carroças repletas de alimentos não perecíveis; e se algum Papai Noel sobrar por aí, que apareça de bermuda e chinelas.

Fica decretado que, cartas de crianças, só as endereçadas ao Menino Jesus, como a do Lucas, que escreveu convencido de que Caim e Abel não teriam brigado se dormissem em quartos separados; propôs ao Criador ninguém mais nascer nem morrer, e todos nós vivermos para sempre; e, ao ver o presépio, prometeu enviar seu agasalho ao filho desnudo de Maria e José.

Fica decretado que as crianças, em vez de brinquedos e bolas, pedirão bênçãos e graças, abrindo seus corações para destinar aos pobres todo o supérfluo que entulha armários e gavetas. A sobra de um é a necessidade de outro, e quem reparte bens partilha Deus.

Fica decretado que, pelo menos um dia, desligaremos toda a parafernália eletrônica, inclusive o telefone e, recolhidos à solidão, faremos uma viagem ao interior de nosso espírito, lá onde habita Aquele que, distinto de nós, funda a nossa verdadeira identidade. Entregues à meditação, fecharemos os olhos para ver melhor.

Fica decretado que, despidas de pudores, as famílias farão ao menos um momento de oração, lerão um texto bíblico, agradecendo ao Pai de Amor o dom da vida, as alegrias do ano que finda, e até dores que exacerbam a emoção sem que se possa entender com a razão. Finita, a vida é um rio que sabe ter o mar como destino, mas jamais quantas curvas, cachoeiras e pedras haverá de encontrar em seu percurso.

Fica decretado que arrancaremos a espada das mãos de Herodes e nenhuma criança será mais condenada ao trabalho precoce, violentada, surrada ou humilhada. Todas terão direito à ternura e à alegria, à saúde e à escola, ao pão e à paz, ao sonho e à beleza.

Fica decretado que, nos locais de trabalho, as festas de fim de ano terão o dobro de seus custo convertido em cestas básicas a famílias carentes. E será considerado grave pecado abrir uma bebida de valor superior ao salário mensal do empregado que a serve.

Como Deus não tem religião, fica decretado que nenhum fiel considerará a sua mais perfeita que a do outro, nem fará rastejar a sua língua, qual serpente venenosa, nas trilhas da injúria e da perfídia. O Menino do presépio veio para todos, indistintamente, e não há como professar o “Pai Nosso” se o pão também não for nosso, mas privilégio da minoria abastada.

Fica decretado que toda dieta se reverterá em benefício do prato vazio de quem tem fome, e que ninguém dará ao outro um presente embrulhado em bajulação ou escusas intenções. O tempo gasto em fazer laços seja muito inferior ao dedicado a dar abraços.

Fica decretado que as mesas de Natal estarão cobertas de afeto e, dispostos a renascer com o Menino, trataremos de sepultar iras e invejas, amarguras e ambições desmedidas, para que o nosso coração seja acolhedor como a manjedoura de Belém.

Fica decretado que, como os reis magos, todos daremos um voto de confiança à estrela, para que ela conduza este país a dias melhores. Não buscaremos o nosso próprio interesse, mas o da maioria, sobretudo dos que, à semelhança de José e Maria, foram excluídos da cidade e, como uma família sem-terra, obrigados a ocupar um pasto, onde brilhou a esperança.

Fonte: CEBI – http://www.cebi.org.br/noticia.php?secaoId=15&noticiaId=2650
                Fica decretado que, neste Natal, em vez de dar presentes, nos faremos presentes junto aos famintos, carentes e excluídos. Papai Noel será malhado como Judas e, lacradas as chaminés, abriremos corações e portas à chegada salvífica do Menino Jesus.
               Por trazer a muitos mais constrangimentos que alegrias, fica decretado que o Natal não mais nos travestirá no que não somos: neste verão escaldante, arrancaremos da árvore de Natal todos os algodões de falsas neves; trocaremos nozes e castanhas por frutas tropicais; renas e trenós por carroças repletas de alimentos não perecíveis; e se algum Papai Noel sobrar por aí, que apareça de bermuda e chinelas. 
Fica decretado que, cartas de crianças, só as endereçadas ao Menino Jesus, como a do Lucas, que escreveu convencido de que Caim e Abel não teriam brigado se dormissem em quartos separados; propôs ao Criador ninguém mais nascer nem morrer, e todos nós vivermos para sempre; e, ao ver o presépio, prometeu enviar seu agasalho ao filho desnudo de Maria e José.
Fica decretado que as crianças, em vez de brinquedos e bolas, pedirão bênçãos e graças, abrindo seus corações para destinar aos pobres todo o supérfluo que entulha armários e gavetas. A sobra de um é a necessidade de outro, e quem reparte bens partilha Deus.
Fica decretado que, pelo menos um dia, desligaremos toda a parafernália eletrônica, inclusive o telefone e, recolhidos à solidão, faremos uma viagem ao interior de nosso espírito, lá onde habita Aquele que, distinto de nós, funda a nossa verdadeira identidade. Entregues à meditação, fecharemos os olhos para ver melhor.
Fica decretado que, despidas de pudores, as famílias farão ao menos um momento de oração, lerão um texto bíblico, agradecendo ao Pai de Amor o dom da vida, as alegrias do ano que finda, e até dores que exacerbam a emoção sem que se possa entender com a razão. Finita, a vida é um rio que sabe ter o mar como destino, mas jamais quantas curvas, cachoeiras e pedras haverá de encontrar em seu percurso.
Fica decretado que arrancaremos a espada das mãos de Herodes e nenhuma criança será mais condenada ao trabalho precoce, violentada, surrada ou humilhada. Todas terão direito à ternura e à alegria, à saúde e à escola, ao pão e à paz, ao sonho e à beleza.
Fica decretado que, nos locais de trabalho, as festas de fim de ano terão o dobro de seus custo convertido em cestas básicas a famílias carentes. E será considerado grave pecado abrir uma bebida de valor superior ao salário mensal do empregado que a serve.
Como Deus não tem religião, fica decretado que nenhum fiel considerará a sua mais perfeita que a do outro, nem fará rastejar a sua língua, qual serpente venenosa, nas trilhas da injúria e da perfídia. O Menino do presépio veio para todos, indistintamente, e não há como professar o “Pai Nosso” se o pão também não for nosso, mas privilégio da minoria abastada.
Fica decretado que toda dieta se reverterá em benefício do prato vazio de quem tem fome, e que ninguém dará ao outro um presente embrulhado em bajulação ou escusas intenções. O tempo gasto em fazer laços seja muito inferior ao dedicado a dar abraços.
Fica decretado que as mesas de Natal estarão cobertas de afeto e, dispostos a renascer com o Menino, trataremos de sepultar iras e invejas, amarguras e ambições desmedidas, para que o nosso coração seja acolhedor como a manjedoura de Belém.
Fica decretado que, como os reis magos, todos daremos um voto de confiança à estrela, para que ela conduza este país a dias melhores. Não buscaremos o nosso próprio interesse, mas o da maioria, sobretudo dos que, à semelhança de José e Maria, foram excluídos da cidade e, como uma família sem-terra, obrigados a ocupar um pasto, onde brilhou a esperança.


Papai Noel ou Menino Jesus?


por Leonardo Boff

Devido à minha barba longa e aos cabelos brancos, muitas crianças me vêem e me chamam de Papai Noel. Eu lhes explico, sem convencê-las, que sou apenas o irmão do Papai Noel. E que minha função é olhar pelas crianças, observar se elas estudam direitinho, se tratam bem os coleguinhas e se escutam os bons conselhos de seus pais. Digo-lhes que depois conto tudo ao Papai Noel que, então no Natal, vai lhes trazer belos presentes. Num dia desses, uma me seguiu curiosa. Quando me viu entrar no carro correu para o pai e lhe disse:"Pai, o Papai Noel não veio de trenó; ele veio de carro".

Esse é um tipo de Natal com seu respectivo imaginário. Papai Noel é uma figura do mercado. Ele é o bom velhinho que trata de seduzir as crianças para que seus pais lhes comprem presentes. A memória de que ele representa São Nicolau que também trazia presentes despareceu para dar lugar à figura infantilizada do bom velhinho que tira do saco surpresas que antes foram compradas e postas lá dentro.

Como em todas as casas há televisão – pode faltar o pão mas nunca a televisão – as crianças pobres vêem o Papai Noel e sonham com o mundo encantado que ele mostra, cheio de presentes, carrinhos, bonecas e brinquedos eletrônicos a que elas dificilmente terão acesso. E sofrem com isso apesar de manter o brilho encantado de seus olhinhos infantis. O mercado é o novo deus que exige submetimento de todos. Dai que as crianças pressionam seus pais para que Papai Noel também passe lá por "casa". Então são os pais que sofrem por não poderem atender ao filhos, seduzidos por tantos objetos-fetiche mostrados pelo Papai Noel.

O mercado é uma maiores criações sociais. Mas houve e há muitos tipos de mercado. O nosso, de corte capitalista, é terrivelmente excludente e por isso vitimizador de pessoas e de empresas. Ele é apenas concorrencial e nada solidário. Só conta quem produz e consome. Quem é pobre deve se contentar com migalhas ou apenas viver na marginalidade. No tempo de Natal, o Papai Noel é uma figura central do consumo para quem está dentro do sistema e pode pagar.

Diferente é o Natal do Menino Jesus. Ele nasceu de uma família pobre e honrada. Por ocasião de seu nascimento numa gruta, entre animais, anjos cantaram no céu, pastores ficaram imobilizados de emoção e até sábios vieram de longe para saudá-lo. Quando grande, fêz-se exímio contador de histórias e pregador ambulante com uma mensagem de total inclusão de todos, começando pelos pobres a quem chamou de bem-aventurados. As pessoas que guardam sua memória sagrada, na noite de Natal, ouvem a história de como nasceu, celebram a presença humanitária de Deus que assumiu a forma de uma criança. Festejam a ceia com a família e os amigos. Aqui não há mercado nem excluidos. Mas luz, alegria e confraternização. A troca de presentes simboliza o maior presente que Deus nos deu: Ele mesmo na forma de um infante. Ele nos alimenta a esperança de que podemos viver sem o Papai Noel que nos vende ilusões.

Dom Pedro Casaldáliga diante de um indiosinho recem-nascido escreveu:"Não vi a tal da estrela, mas vi um Deus muito pobre. Maria estava desperta, desperta estava a noite. E estava sobressaltado para sempre o rei Herodes". O rei Herodes não é mais uma pessoa, mas um sistema que continua devorando pessoas no altar do consumo solitário.

Leonardo Boff é teólogo, autor dos livros "Que Brasil queremos?", "Paixão de Cristo-paixão do mundo" e "A água e a galinha". 

CÂMARA MUNICIPAL DE TUPANATINGA ANTECIPA REELEIÇÃO

Há um ano e dois meses para eleição de fato,01/01/2019, vereadores realizaram nesta terça-feira (7), eleição antecipada da Mesa Diretora para o biênio 2019/2020. 
 por Edimilson
Reunião da Câmara Municipal de Tupanatinga                                             Foto reprodução TV Deusa Branca                                                                                                           
Meses após tomarem posse, em 1º de janeiro de 2017, os vereadores da Câmara Municipal de Tupanatinga, agreste pernambucano, realizaram, nessa terça-feira (07), em sessão normal para a eleição antecipada da Mesa Diretora para o biênio 2019/2020. Atualmente, a Casa José Jackson Galvão de Melo, tem no comando o vereador Joaquim Neto.

A votação antecipou em cerca de um ano e dois meses a escolha para a Mesa Diretora da Casa. Ou seja, os parlamentares tinham até dezembro de 2018 para fazer a escolha. Nesta terça, Joaquim Neto foi reconduzido ao posto.

O vereador José Carlos de Lima, Carlinho de Ildefonso (PP), contestou a antecipação e a pressa para a realização da eleição. "Protesto! Eu não concordo”. ”.  Mesmo assim concorreu em uma chapa avulsa em protesto a chapa oficial.  

Estiveram presentes todos os onze vereadores e o atual Presidente foi reeleito com nove votos para a mesa diretora da Câmara  para o   biênio  2019/2020.

Embora a atitude da Câmara Municipal de Tupanatinga    seja um tanto  audaciosa, não é a unica, muitas cidades da região do Estado tiveram também suas eleições antecipadas.