![]() |
UMA PARTE DO GADO MORREU; OUTRA LEVARAM EMBORA, E A QUE RESTA NÃO RESISTIRÁ TANTO |
Tupanatinga
faz parte da bacia leiteira do Agreste Meridional, a qual representa 85% da
produção de leite do Estado.
Tradicionalmente as cidades de Venturosa,
Pedra, Buíque, Itaíba e Águas Belas se destacam na produção de leite.
Tupanatinga se incluiu no rol destas cidades nos últimos anos, e vinha aumentando
significativamente a sua produção de leite, fortalecendo a economia de todo o
município.
A
renda gerada pela produção de leite tornou-se fator relevante na economia da
cidade, contribuindo de forma significativa com as atividades comerciais da
cidade. A feira livre e a feira de gado, por exemplo, era uma das principais da
região. Com a atual seca diminuiu em 70% a produção de leite, e os reflexos
desta crise é sentida no comércio que perdeu, temporariamente, seu dinamismo.
Em
visita ao Sitio São Felix, umas das principais regiões produtores de Leite e
também umas das mais atingidas pela seca, o JCC conversou com os pecuaristas
Sr. Edimilson, Jose Antônio e os Irmãos Chico, Deca e Fernando Julião. O JCC
presenciou o drama de uma região antes tão rica e próspera, a qual, hoje,
encontra-se com a cadeia produtiva esfacelada, a fábrica de queijo desativada e
o prédio onde funcionava a Associação de Produtores de Leite da Região fechada.
O
JCC Passando pela região do Carié, lá não encontrou nem uma história para
contar, somente a desertificação e o sol ardente tomando conta do espaço e do tempo.
No
distrito de Boqueirão, constata-se uma extrema desolação com a situação do
maior e único açude, que após cinco a seis décadas de sua construção pelo então
Cel. José Emílio de Melo, encontra-se totalmente seco e com chão rachado, com somente
uma poça de água barrenta, onde animais e humanos tentam dela tirar suas últimas
gotas d’água.
No
sítio são Félix o JCC entrevistou o pecuarista Sr.ª Jose Antônio, pequeno
criador de gado, desesperado e sem expectativa de melhoria, comentou:” A
produção de leite caiu mais de 70%. O Gado fraco não produz porque não tem o
que comer. O leite aqui é o meio de renda do agricultor”. Sobre a expectativa de
melhora, o senhor JOSÉ ANTONIO responde um tanto arredio:” Só Deus tem piedade da gente... Ou se os políticos, meu filho, reconhecer
nosso sofrimento e agilizar as obras da irrigação do São Francisco. Porque com água
agente plantava um capim, fazia uma plantação de milho, fazia uma silagem. Ai
agente mantinha o gado com uma base bem melhor”.

Chico
Juliao comentou sobre a falta de prepara dos produtores da região em relação ao
estado vizinho, Alagoas: “Os alagoanos
se prepararam mais, plantaram mais palmas, fizeram mais reservas de água”.



Segundo
seu Fernando, os recursos são burocráticos, poucos e demorados e a fome e a seca
não esperam.



Nenhum comentário:
Postar um comentário