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quinta-feira, 21 de março de 2013

Em PE, seca causa morte de rebanho e derruba em 70% a produção de leite


20/03/2013 07h00 - Atualizado em 20/03/2013 07h01

200 mil animais morreram e outros 528 mil foram abatidos precocemente.

Talvez seja a seca mais severa em 60 anos', diz ministro Bezerra Coelho. 


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Rebanho morto em Itaíba, no Agreste de Pernambuco (Foto: Márcio Alves dos Santos / Acervo Pessoal)
Rebanho morto em Itaíba, no Agreste de Pernambuco (Foto: Márcio Alves dos Santos / VC no G1) 

20/03/2013 07h00 - Atualizado em 20/03/2013 07h01 Em PE, seca causa morte de rebanho e derruba em 70% a produção de leite 200 mil animais morreram e outros 528 mil foram abatidos precocemente. 'Talvez seja a seca mais severa em 60 anos', diz ministro Bezerra Coelho.
 Priscila Miranda Do G1 PE 32 comentários Rebanho morto em Itaíba, no Agreste de Pernambuco (Foto: Márcio Alves dos Santos / VC no G1)

 A seca que atinge Pernambuco está afetando gravemente a produção de leite no estado. Dados da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro) apontam para uma redução de quase 70% na produção da bacia leiteira, formada por 14 municípios, com prejuízo mensal estimado em R$ 36 milhões. Antes da estiagem, o Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado de Pernambuco (Sindileite) contabilizava a produção de 2,3 milhões de litros por dia e, agora, 830 mil litros são produzidos diariamente.

 A queda afeta consumidores, que sentem a alta dos preços dos derivados que chegam às prateleiras, e principalmente os criadores, que presenciam a morte do rebanho com a falta de chuvas no interior pernambucano – o Sindileite aponta a morte de mais de 200 mil animais e o abate precoce de outros 528 mil. Dados de março da Secretaria da Casa Militar de Pernambuco apontam que 1,3 milhão de pessoas estão sofrendo com a estiagem no estado.

Dos 158 municípios pernambucanos, 132 decretaram estado de emergência - dos quais 126 tiveram essa condição reconhecida pelo Ministério da Integração Nacional. "Estamos diante de algo extraordinário. Talvez seja a seca mais severa dos últimos 60 anos, em algumas regiões do Nordeste", comentou o ministro Fernando Bezerra Coelho, em reunião com prefeitos de 50 cidades pernambucanas, esta semana, no Recife. Através do VC no G1, o internauta Márcio Alves dos Santos enviou fotos da difícil situação sofrida por seus pais, moradores da Zona Rural de Itaíba, município que fica no Agreste de Pernambuco.

Considerada a maior produtora de leite de Pernambuco e a 16ª do Brasil, com produção 75,7 milhões de litros por ano antes da estiagem, Itaíba vive o castigo da seca: hoje, o rebanho da cidade produz 45 mil litros por dia, contra 175 mil litros diários obtidos antes da falta de chuvas, segundo o Sindileite. Márcio dos Santos conta que o gado está morrendo porque a família não tem mais condições de comprar comida para alimentar os bichos. “A situação é de perda total. Já morreram 22 cabeças do ano passado para cá, e os que ainda estão vivos a gente está só esperando morrer, porque não temos dinheiro para comprar ração”, explica o internauta.

A renda da família, que produz leite para ser vendido a uma queijeira da cidade, caiu muito por causa da estiagem. Atualmente, os pais de Márcio estão vivendo com a aposentadoria da mãe dele, Irene Santos, que precisa fazer render um salário mínimo para pagar todas as despesas. “É só o salarinho mesmo, que é para tudo: comida, remédio... Quando chega o fim do mês, não tem mais dinheiro para nada”, afirma Irene. A pequena produtora fala que, antes da seca, ela e o marido chegavam a tirar de 15 a 30 litros quinzenalmente. “Não tiramos um pingo de leite, desde que começou a seca”, lamenta.

 A pequena produção da família Santos é um exemplo da falta de apoio que algumas comunidades 
estão tendo das autoridades para conseguir manter o gado e a produção pecuária. “A gente não conseguiu nenhum auxílio do governo. Até a água que eles [os pais] conseguem é comprada”, diz Márcio. A gerente da Adagro, Erivânia Camelo, fala que o governo estadual está cortando cana-de-açúcar para distribuir entre os produtores, mas é preciso que os mesmos paguem pelo transporte do produto.
Rebanho morto em Itaíba, no Agreste de Pernambuco (Foto: Márcio Alves dos Santos / Acervo Pessoal)
 Impedida de manter a pequena produção leiteira, família em Itaíba, PE, sobrevive apenas com aposentadoria (Foto:Márcio Alves dos Santos / VC no G1)


“A cana é o grande problema.O governo estadual comprou a cana, mas falta transporte, que é por conta do produtor, que precisa pagar o frete do caminhão, e o produtor muito pobre não tem condições de buscar a cana na Zona da Mata. Para atender à bacia leiteira, são necessários cinco quilos de cana para cada animal, e nós precisaríamos por dia de seis mil toneladas. Hoje, o governo, com grande dificuldade, está liberando 600 toneladas, 10% da quantidade necessária, então existem milhares de produtores que nunca receberam um quilo de cana”, enfatiza Erivânia.

Além da cana-de-açúcar, o governo de Pernambuco vem recebendo o apoio do governo federal, que mantém, no estado, 12 polos de venda de milho a preço subsidiado - é o chamado Programa de Venda em Balcão. De acordo com Ricardo Jucá, gerente de produção e comercialização da Secretaria-executiva da Agricultura Familiar, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) traz a Pernambuco o milho vindo do Mato Grosso, e o governo estadual leva o produto para o interior. "Hoje existem dois polos de milho da Conab, no Recife e em Petrolina [no Sertão], e o governo do estado, em parceria com algumas prefeituras e com o próprio governo federal, abriu mais outros oito postos."

Priscila MirandaDo G1 PE

quarta-feira, 20 de março de 2013

RELIGIÃO:PAPA FRANCISCO


O que esperar de mudanças com o novo papa?
Publicado em 18-Mar-2013
Ainda é muito cedo para avaliar quais serão os rumos traçados pelo novo papa. Há muita desinformação em torno do que se escreve sobre Francisco. Mas algo se pode dizer: talvez a maioria dos católicos não queira mudar a doutrina sobre temas atuais, como o casamento de homossexuais e o aborto.

Em sua coluna publicada no Globo e na Folha de S.Paulo de ontem, o jornalista Elio Gaspari trata do livro escrito pelo papa e publicado há cerca de um ano, "Sobre el Cielo y la Tierra". Gaspari diz que, após ler o livro, é impossível chamar o papa Francisco de conservador ou homem simples, como a maioria das análises vem fazendo.

“Pode ser conservador um cardeal que quer abrir os arquivos do Vaticano para que se estude o Holocausto? Ele é contra o casamento de homossexuais e o aborto, mas isso não é conservadorismo, é a doutrina da igreja. Pílula? Astuciosamente calado. Em diversas ocasiões critica a conduta da igreja, seu regalismo e a promiscuidade com afortunados que fingem fazer caridade. Propõe tolerância zero para os pedófilos e chama o velho truque de transferi-los para outras paróquias de ‘estupidez’.”, escreve Gaspari. O papa também reconhece que casais morando juntos antes do matrimônio são um "fato antropológico".

Por tudo isso e os demais sinais já emitidos pela igreja, pouco se pode esperar em relação a mudanças nas doutrinas. Já sobre a pedofilia e a Cúria (órgão administrativo da Santa Sé), parece que o papa vai atuar, não aceitando os panos quentes que hoje predominam na Igreja.

Sobre celibato, aborto, homossexualidade, não deve haver mudanças. Mas sim sobre filhos de pais não casados e divorciados, por exemplo. Como cardeal, ele já defendia uma posição mais liberal ao batizar muitos nessa condição.

PESQUISA IBOPE/CNI MOSTRA QUE 79% DOS BRASILEIROS APROVAM O GOVERNO DILMA ROUSSEFT


Pesquisa cai como um raio nas cabeças tucanas
Publicado em 20-Mar-2013
 Esta pesquisa IBOPE/CNI que mostra que 79% dos brasileiros aprovam o governo Dilma Rousseff, 75% confiam na presidenta da República e 63% avaliam sua gestão como boa ou ótima deve ter caído como um raio no tucanato.  Vejam, ela foi feita e divulgada logo agora, quando eles estão mais divididos do que nunca e se reúnem à portas fechadas para tentar juntar os cacos dos grupos serristas, aécistas e alkimistas.

Pior para eles, ou tão ruim quanto, é que, enquanto isso, nos Estados várias lideranças tucanas já se compõem regionalmente com outros candidatos e estudam migrar para novas siglas sob a liderança ou não de José Serra que, ao que tudo indica, pode trocar o PSDB por outro partido, mas ainda não deu certeza disso.

Imaginem o efeito que teve a pesquisa -  e com estes números ! - na seara tucana, quando eles intensificam freneticamente o ritmo de suas reuniões. O senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato já lançado ao Planalto em 2014 pelo ex-preisdente Fernando Henrique Cardoso, esteve em São Paulo para um jantar de três horas na 2ª feira com José Serra.

Ontem recebeu em seu gabinete no Senado o governador Alckmin para longa reunião. E, ao que se lê, de nenhum dos dois obteve anuência para sair candidato a presidente nacional do partido agora na convenção de maio. Pelo contrário. José Serra e Geraldo Alckmin parecem firmes no própósito de dar agora a Aécio o troco pelo fato dele não ter apoiado suas candidaturas a presidente em 2002, 2010 (José Serra) e em 2006 (Alckmin), de os ter derrotado naquelas três eleições em Minas.

Nessa brigalhada tucana, o que lhes restava mesmo era o sonho de uma queda da presidenta e de seu governo nas pesquisas. Com a IBOPE/CNI, o sonho virou pó. Diante desse minueto tucano, o que lhes resta agora e sempre é a esperança de um desastre econômico. Como vemos o PSDB está precisando mesmo é de um alquimista!

Seca: Governo promete mais poços e ração para o gado

Ficou acertada na reunião da manhã desta quarta-feira (20) com parlamentares da bancada do Nordeste e os ministros Fernando Bezerra Coelho, Gleisi Hoffmann e Ideli Salvatti, a prioridade que dispensarão no repasse de verbas de emendas para as regioões afetadas pela seca.
 
Fernando Ferro-Deputado Federal(PT)
Além da medida, ficou prevista a ampliação dos programas de perfuração de poços profundos, de abastaecimento de ração e milho. Durante o encontro, foi confirmada a vinda da presidente Dilma Rousseff ao Estado de Pernambuco anunciar as ações do governo.

'Discutimos a situação do agravamento da seca, o que se anuncia. A presidente Dilma deve anunciar uma série de obras pontuais, além das obras estruturadoras que a região clama a essa altura', explicou o deputado federal Fernando Ferro, presente na reunião que durou toda a manhã desta quarta no Palácio do Planalto.

Autor da proposta que prioriza as regiões do semi-árido no repasse de verbas, Ferro havia protocolado a sugestão à ministra Ideli Salvatti horas antes da reunião. A proposta foi aceita de imediato e levada para a discussão com a bancada.
Blog do Magno Martins