Portal Tupanatinga: 2020-04-19

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terça-feira, 21 de abril de 2020

Diretor Municipal de Saúde foi entrevistado na TV Deusa Branca

estúdio da Tv Desua Branca 
         O Diretor Municipal de Saúde de Tupanatinga, Regis, esteve presente na TV Deusa Branca na noite de domingo, dia 19/04/20, para falar especificamente sobre o Coronavírus. A entrevista foi conduzida pelo locutor, e agora apresentador do programa VOCÊ É NOSSO CONVIDADO, Índio Locutor.    
         Regis aproveitou a oportunidade para informar sobre os esforços realizados pela Secretaria Municipal de Saúde do município de Tupanatinga no enfrentamento contra o Covida-19.
            Iniciando a entrevista, o convidado relatou a situação atual da pandemia em nosso Município, confirmando portanto a recente notícia do primeiro caso positivo de contaminação, que para alivio da população, apesar da paciente ser de Tupanatinga, a mesma estava internada na cidade do Recife, onde possivelmente tenha sido infectada no hospital em que se internou para tratamento de problema abdominal, desde de janeiro.
  Na ocasião falou dos cuidados e preocupações que as pessoas devem ter, ressaltando a importância da higienização pessoal: lavar as mãos com água e sabão ou álcool em gel.
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         Também comentou de algumas ações como a implantação de caixas d’águas e pias em alguns pontos estratégicos da cidade, das abordagens de ônibus que circulam em nosso município, principalmente os desembarques vindos de outras cidades e estados, e da falta de conscientização por algumas pessoas que não cumprem as orientações recebidas.
   
A Falta d'água em tempos de Epidemia                 Durante o programa, o apresentador pediu ao povo que se manifestasse e fossem as ruas contra a atuação negativa da Companhia Pernambucana de Saneamento,COMPESA,  deixando o município 15 dias sem água nas torneiras, o que tem dificultado nos cuidados necessários para higienização. Diante do assunto, o entrevistado lembrou de algumas ações suas durante seu período de vereador, na tentativa de procurar a empresa para que esse problema recorrente fosse regularizado, mas que não teve sucesso, além de reiterar que o Hospital está sendo bem abastecido por carros pipas e portanto, não apresentava problemas de abastecimento. 
          Para finalizar, agradeceu a população pela participação, orientou a todos para não saírem de casa e cumprir as exigências da saúde. Agradeceu o espaço e o convite de Ivanildo, responsável pela TV Asa Branca, e ao apresentador Francisco Almeida, o Índio.
      

domingo, 19 de abril de 2020

O Brasil segue parado, mas o tempo não para


Amanhece o dia e no rádio toca uma canção de 31 anos atrás: “a tua piscina tá cheia de ratos, tuas ideias não correspondem aos fatos”. Esse é um dos belos e fortes versos da canção “o tempo não para” que integrou o álbum homônimo do cantor Cazuza, esse foi um dos seus últimos registros ao vivo.
O ano era 1988, o País estava aprovando sua nova Constituição símbolo máximo do processo de redemocratização, que se iniciou com a derrubada do regime militar que durou 21 anos entre 1964 e 1985.
A força poética de Cazuza contrastava com a coragem de bater de frente com uma sociedade que por durante duas décadas viveu um dos seus períodos mais violentos, pois a violência era institucionalizada pelo Estado. Massacres indígenas ocultados da grande mídia à época são um bom exemplo do que estou falando. Mas a canção de Cazuza não era sobre o período militar, era sobre o momento atual da sociedade brasileira que se preparava para viver uma democracia.
Mal acabáramos de sair de um período de censura e repressão e era preciso de dizer que a onda de conservadorismo e hipocrisia era uma máxima na nossa sociedade. Como bem disse Cazuza o tempo não para e já se passaram 31 anos daquela época.
O museu das grandes novidades está aberto e repetimos o passado em muitos aspectos. A sociedade continua ainda mais conservadora. Os índios ainda morrem, a violência não é só institucionalizada como também incentivada. E a corrupção? Esse é um velho mau que tristemente nos acostumamos a conviver desde os tempos mais remotos.
Acrescente-se a esse museu a velocidade com que boatos e fofocas, hoje fake news, são espalhadas. A população que antes só tinha o discurso da grande mídia a sua disposição o que já não era bom, pois a TV ditava as verdades, agora dispõe de um mundo de informação e informantes nem sempre confiáveis. As redes sociais passaram a ser a principal fonte de informação de muitos. O poder desse tipo de informação é tão forte que vi amigos dizendo que tinham que votar em determinado candidato para acabar com esse negócio de ensinar “sexo nas escolas”, educadamente, perguntei: - sou professor há mais de 10 anos e nunca vi isso nas escolas, a resposta: - você é diferente, é um grande professor! Apesar do elogio fica patente o quanto as informações veiculadas nas redes sociais tem poder de verdade para as pessoas.
Em 2014 falei sobre minhas impressões do momento político com a reeleição de Dilma, critiquei o discurso pífio da presidenta eleita e via com maus olhos a cruzada iniciada pelo candidato derrotado em proferir e inflamar seus seguidores sobre a legitimidade do processo.
Dois anos depois, novamente fui convidado a retomar aquele texto. Nesse período a presidenta perdeu o cargo em uma manobra política que foi um dos espetáculos mais sórdidos da história da política do Brasil, basta lembrar os discursos dos deputados na tribuna. Não por acaso vieram à tona escândalos de corrupção do então candidato derrotado.
O País dividido e mergulhado em um clima de recessão e incerteza. Era 2016 e Michel Temer assume o governo federal com a promessa de coalisão política para “colocar o País de novo nos trilhos”. Um “grande acordo” nacional que até agora não deu certo. As pressas foram propostas reformas que não trouxeram os ganhos prometidos, não para os trabalhadores e os menos favorecidos.
Vieram as eleições de 2018 e uma parte considerável da sociedade brasileira optou por eleger para o governo federal Jair Bolsonaro. Suas credenciais para o cargo já mais que conhecidas, assim como muitas de suas posições. O conservadorismo, a defesa da “família”, se tornaram razões para tolerar praticamente tudo, até a defesa da “tortura”. Seja em altares sagrados ou profanos isso não é admissível. Até Paulo Freire virou vilão.
É nessa hora talvez que o leitor de opinião contrária dirá que “eu apoio A ou B”, que “sou a favor da corrupção”... calma nobre amigo ou amiga, como você,  não sou a favor disso ou daquilo, mas não posso com meus valores e crenças defender o projeto de Brasil que está posto.
Desde janeiro de 2019 temos assistido o embate político que remonta ainda ao período eleitoral e o movimento iniciado desde 2014. O país se dividiu entre os que apoiam o presidente e sua agenda e os que não o apoiam. Para muitos, criticar o atual presidente é o mesmo que “defender Lula e o PT”, o que é no mínimo rasteiro. Esqueçamos “lula” e passemos a pensar como nação. Precisamos de uma reforma “previdenciária”? Que tipo de reforma? Precisamos de uma reforma política séria? Reforma tributária? Então como faze-la de modo com que todos ganhem com isso? Nossas universidades públicas devem continuar a serem públicas? O que nós queremos? Até que ponto a submissão a países como Estados Unidos da América é benéfica para nós?
São muitas questões! Precisamos de emprego, de políticas educacionais sérias tanto para Educação Básica como para Educação Superior, precisamos de valorizar nosso sistema de saúde, precisamos combater a corrupção com a energia e vigor exemplar, mas não precisamos eleger juízes ou mitos como heróis para depois não nos decepcionarmos ao saber que alguns desses mesmos juízes e mitos não agem dentro dos padrões da justiça e da ética, ou como diria Cazuza, “tua piscina tá cheia de ratos” de modo que as suas ideias não correspondem aos fatos.
            Enquanto isso as coisas seguem à sua maneira o povo assiste calado o mesmo teatro, de um lado uma esquerda que já não é esquerda faz tempo, gritando “lula livre”, do outro o povo exaltando um “mito” que só fala sandices, que cria toda semana uma cortina de fumaça para entreter súditos e confundir opositores. Nesse limbo alguns poucos continuam lucrando, o mercado dita as regras e ganha com elas.
Como acordar uma nação que ignora a presença de crianças na praça pedindo esmola, se prostituindo? Eles dizem que o problema do Brasil é o comunismo, já eu digo que o nosso problema é aceitar o cinismo estampado na cara de quem só deseja se beneficiar às custas da miséria do nosso povo.
O tempo não para. Vamos envelhecendo e cumprindo nossa missão. As novas gerações estão a caminho, penso que não temos o nível de educação que precisamos para acordar e promover as mudanças que necessitamos ainda, e se não plantarmos isso urgente, continuaremos a repetir o passado como aquela canção dizia.
Prof. Dr. José Luiz Cavalcante
Universidade Estadual da Paraíba

HISTORIA POLITICA - ODILON TEIXEIRA -4º PREFEITO ELEITO DE TUPANATINGA

ODILON TEIXEIRA CAVALCANTE
ALGUMAS ESTÓRIAS DE UM HOMEM DIGNO E BEM FEITOR
POR LUIZ CARLOS CAVALCANTE

Tenho a honra de poder escrever algumas estórias vividas e contadas por nosso pai Odilon Teixeira Cavalcante, homem simples que construiu sua história em bases sólidas, seguindo os ensinamentos de seus pais. Tendo nascido no município de Quebrangulo-AL, em 25/02/1922, filho de Clarindo de Albuquerque Cavalcante e Amélia Teixeira Cavalcante.  Seus pais eram descendentes de família de agricultores e muito humildes, tinha a agricultura como o único meio de sustentação familiar. Diante das dificuldades vividas nas terras dos Marechais Alagoanos, resolveram se mudar para uma nova terra em busca de novos horizontes. O seu pai Clarindo de Albuquerque era um homem de poucas palavras e extremamente retraído. A sua primeira morada nas terras pernambucanas junto com seus pais foi no distrito de Santa Clara, mais especificamente no sítio Bernardo, onde viveu boa parte de sua infância. Entre os filhos de Clarindo e Amélia, Odilon Teixeira logo se destacou e viu no comércio uma oportunidade melhor de progredir na vida, então, ainda jovem veio se instalar na Mata Verde e lá colocou um pequeno boteco, na verdade não era nem isso, segundo ele contava, neste pequeno comércio ele comprava garrafas vazias e ia vender no Rio Branco (Arcoverde). O transporte era feito a pé e em alguns animais 

A FAMÍLIA


Já estabelecido como pequeno comerciante lá na Mata Verde, conheceu D. Eleuzina, moça formosa e muito bonita, filha de João Noé e Clara Teixeira, de família tradicional. No início, o namoro não era visto com bons olhos, pois Odilon era moreno e tinha fama de muito namorador, aliás levou esse título por toda sua vida. Com Eleuzina teve 06 filhos: Aldelzira, Aderita, Adalgisa, Pedro Teixeira, José Edinaldo (Naná) e Luiz Carlos (Lula), sempre foi um homem que trabalhou para dar o necessário e uma vida confortável aos seus filhos, tendo como exemplo o respeito as pessoas, a convivência solidária e o amor ao próximo.  Superando as dificuldades da época, conseguiu formar todos os seus filhos, motivo de muito orgulho para ele, pois, naquela época a mentalidade das famílias estava voltada para o trabalho principalmente na agricultura.

A POLÍTICA
Sendo seu Odilon Teixeira um comerciante na época bem sucedido, iniciou a sua carreira política ao lado do Coronel José Emílio de Melo e seus filhos. No início, como cabo eleitoral, tornando-se depois um político de carreira sólida e bem-sucedida, ocupou vários cargos: foi sub-prefeito, vereador, vice-prefeito e prefeito. A sua carreira política foi construída com o apoio incondicional de sua esposa D. Eleuzina Teixeira, que na verdade era a grande líder comunitária conhecida na região como uma mulher forte e bem-feitora, acolhia todas as pessoas e tinha um trabalho social inigualável principalmente com os menos favorecidos. No decorrer da história política de seu Odilon Teixeira, várias passagens ocorreram que valem apena ser lembradas e uma delas foi a façanha de eleger sua filha Adelzira Teixeira, ainda estudante,  morando em Arcoverde e com 18 anos de idade a vereadora mais votada de Tupanatinga. Pois bem, entre tantas disputas políticas a que teve maior importância, adrenalina e emoção foi quando decidiu disputar a prefeitura de Tupanatinga, no ano de 1982, que por ironia do destino teve como opositor o seu amigo Jaime de Melo Galvão. Saindo-se vencedor, a eleição foi marcada por uma grande tragédia, pois a cinco dias do pleito a sua companheira, mentora política e esposa faleceu, deixando a alegria da vitória com amargor da perda de uma pessoa tão amada e querida por todos.

A GESTÃO 1982-1988
A sua gestão foi marcada pela a conquista de grandes e importantes obras para o município de Tupanatinga em todas as áreas de desenvolvimento. Sendo sucessor de um bom Prefeito, Artur Flor de Souza, cabia a seu Odilon Teixeira deixar a sua marca e ele trabalhou com todas as suas forças para não decepcionar os seus eleitores. Destacamos como obras de grande relevância em seu governo:
·         a construção de 25 escolas municipais;
·         construção do açougue e mercado público;
·          construção do canal do Riacho dos Pintos
 cortando toda cidade;
·         construção do curral do gado no bairro do Fundec;
·          construção da rede esgoto em grande parte da cidade;
·         construção de calçamento em várias ruas da cidade e povoados;
·         construção da primeira quadra de esportes da cidade;
·         aquisição de vários veículos e máquinas, destacando-se as aquisições de uma  Patrol, uma Enchedeira e um Trator de esteira, esses equipamentos estavam a serviço do povo do município, a abertura de estradas e sua manutenção foi uma das grandes marcas de seu governo, não esquecendo uma grande quantidade barreiros entregues aos agricultores.
·         Outro ponto forte da gestão do então Prefeito Odilon Teixeira, foi a assistência social às pessoas carentes, de um modo muito especial a saúde do seu povo.
·         Implantou a festa de rua da padroeira Santa Clara ;
·         Apoio as atividades esportivas e tantas outras ações fizeram de Odilon Teixeira um Prefeito dos melhores prefeitos de Tupanatinga.


MISSÃO CUMPRIDA

Seu Odilon Teixeira, faleceu no dia 18/12/2018, de bem com a vida e ao lado dos filhos. No período de recolhimento quando já não podia mais fazer segundo ele as suas vontades, nos relatou algumas de suas passagens pela vida que lhes proporcionaram grandes alegrias e também tristezas. Entre as alegrias, ele citava o seu segundo casamento com Adelma Melo, que foi sua companheira durante muitos anos; também falava da honradez em reconstruir a sua vida financeira na cidade de Bom Jesus da Lapa-BA, quando já tinha mais de 80 anos e depois de ter perdido todos os bens materiais em uma disputa para prefeito que ele considerava injusta, pois sabia ele que na vontade do povo teria sido ele o eleito; destacava com muito orgulho e alegria a educação e os ensinamentos que transmitiu aos seus filhos e netos; orgulhava-se também de ter cultivado grandes amizades e de ter chegado ao fim da vida sem ter nenhum inimigo; citava com veemência e orgulho da sua posição política partidária. Os poucos relatos de tristezas ficaram por conta das perdas de familiares e amigos, falava que rezava todos os dias um terço pela alma do seu filho Naná, sendo este ocorrido o que mais abalou a sua vida. Nunca reclamou de ter perdido batalhas políticas nem bens materiais, viva feliz, agradecia muito a Deus por tudo que conquistou, não entendia muitas vezes os momentos de solidão que viveu, queria mesmo era uma vida recheada de bons amigos. .