Portal Tupanatinga: 2016-05-22

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quinta-feira, 26 de maio de 2016

O recado das ruas continua

o começo de tudo, junho de 2013
A crise nacional tem reflexo na vida de cada brasileiro, tendo chegado, também, à nossa região. Situação agravada, ainda mais, pela crise política. Esta conseqüente de uma cultura corrupta que há décadas impera em nosso País,  mais noticiada nos últimos anos e deflagrada recentemente como se fosse briga por território entre facções criminosas.
Nossos representantes políticos brigam entre si, mais em defesa dos seus territórios do que pelo interesse nacional.  E enquanto nossos representantes guerreiam, a população paga o preço dessa vergonha nacional com mais aumento de impostos, combustíveis, gás, energia, e outras despesas que oneram o custo de vida da população. Enquanto a população paga o preço da crise, os políticos continuam as mil maravilhas: altas movimentações financeiras, aquisições imobiliárias valiosas, carros, passeios, viagens, compras, contas no exterior, etc.
E num cenário desses o verdão patriotico, o branco do espírito de paz entre os brasileiros e as expectativas de um  País Justo e Soberano,  nunca estiveram tão  preto e vermelho de indignação e de repúdio.

 As manifestações nas ruas tornaram-se mais necessárias do que as comemorações oficiais,   tamanha a insatisfação generalizada da população com os desmando político e econômico que vive o País.  Protestos em defesa dos direitos, da democracia e dos trabalhadores tomaram as ruas das principais cidades do País. O grito contra a impunidade, a corrupção, a violência, preconceito, a política econômica do governo, a crise política, econômica, social e ambiental, ecoou em todo o Brasil. A educação de qualidade, moradia, comunicação popular, ética na mídia, reforma agrária e demarcação das terras indígenas também estiveram no grito das massas e ajudaram a fazer esses   movimentos  mais reflexíveis, criticos e reivindicatórios.
Uma grande parte dos representantes eleitos, lá no congresso, trabalharam  em prol da agravação da crise com objetivo de cassar o mandato presidencial,  não pensando no Brasil mas para afugentar  ainda mais esperança da nação e acabar de vez com nossa soberania do País, ajudando sim  aflorar o medo e a insegurança do povo brasileiro  que pareciam está distantes.
Diz uma máxima que cada povo tem os representantes que merece, e que a qualidade das pessoas que estão no poder é reflexa de um povo igualmente corrupto, que vende seu voto, escolhe mal, etc.
As manifestações  que ocorreram e as  recentes, neste país provam que a máxima não é totalmente verdadeira. Há uma boa parcela de brasileiros que pensam diferente, que enxergam por trás das nuvens nebulosas da enganação que nos quer impor a mídia tendenciosa. O que essa gente percebe é que há no país uma coisa muito malévola, um holocausto silencioso que causa a morte do povo de forma silenciosa (“silenciosa até certo ponto”). Trata-se do poder destruidor da corrupção que tira da economia recursos da educação, da saúde, segurança, etc.
Em se tratando de educação nossos estudantes não têm educação de qualidade, fazendo com que estes não tenham capacidade de ascender ao ensino superior público, ou emprego digno. Morte pela falta de oportunidade, esperança.
AUDIENCIA PUBLICA -Abertura da Agencia
A corrupção leva-nos a todos os modos de vulnerabilidade: educação de má qualidade, péssima assistência à saúde, escassez de trabalho digno. Esta a forma do novo holocausto que mata silenciosamente.
Em nosso Município, 312 km da Capital, região agreste Meridional do Estado, a crise econômica se junta aos malefícios que a seca “causou e causa” à nossa economia e agropecuária local. 
Como se não bastasse, também, sofremos a falta de segurança: assaltos a bancos, ao comércio local, assaltos à mão armada aos munícipes. Os males da cidade grande chegando aos pequenos municípios. De volta ao tema econômico, ainda, ficamos um bom tempo prestes a ter a agência do Banco do Brasil da cidade fechada que  embora reaberta parcialmente  já tem sido motivo de alivio para comunidade porem a abertura total é o desejo da maioria da população principalmente que os de menores rendas, pensionistas e aposentados pelo INSS, que alem do sofrerem com os  deslocamento para outras cidade, tem que arcar o custo de alimentação,transportes e o perigo do assalto, acidentes na estada,etc.  E como diz a canção dos  anos 80 de Zé Geraldo: “Tudo isso acontecendo e eu aqui na praça dando milhos aos pombos.”  Ou estão  criar coragem e  seguir a canção de Geraldo Vandré: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Está mais do que na hora de protestarmos contra a vulnerabilidade a que estamos expostos. Ou o mal vencerá o bem. O estado de vulnerabilidade que a corrupção nos impõe.  Veja poesia abaixo e reflita sobre: sobre:        A Poesia de Bertold Brecht (1898-1956)

 sobre:Poesia de Bertold                                  Brecht (1898-1956)   

Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Mas em seguida levaram alguns                     operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde
Como eu não me importei com                       ninguém
Ninguém se importará comigo.


           












por Edimilson
colaboração Edezilton Matins















terça-feira, 24 de maio de 2016

EDUCAÇÃO NO CAMPO:Retrocesso Politico.

 No artigo que segue, o autor Davi Vicente, discute sobre politica publica de Educação no Campo e aponta retrocesso na area; Davi é um dos pré-candidato a prefeito de Tupanatginga, atua nos movimentos sociais e sindical, atualmente está residindo em Caruaru, cursando faculdade e quase sempre aos finais de semana visita sua terra na promessa de conquistrar seu espaço politico junto com seus correligionarios.

EDUCAÇÃO NO CAMPO
       Refletiremos neste artigo acerca de como a política pública de Educação do Campo vem sofrendo retrocessos. Justamente por parte de governos do Partido dos Trabalhadores. Diante dessa questão fez-se uma análise dos governos atuais: Governos Municipal, Estadual e Federal.
Na análise desta conjuntura verificou-se que a luta pela Educação do Campo sofreu retrocessos de duas naturezas: a) deslocamento de lugar da Educação do Campo que, paulatinamente, vem se deslocando das origens camponesas, e b) pela institucionalização da política, que afastou deliberadamente as organizações dos trabalhadores de sua condução.

 O PRONERA (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária) teve por objetivo oferecer ensino superior, público e de qualidade aos moradores do campo ligados aos movimentos sociais e à luta pela reforma agrária. Desta forma, buscamos ressaltar as principais características que distinguem este Curso Especial de um curso regular, além das dificuldades de sua implementação e a importância de sua criação.
Ø                   A escola é resultado de um processo histórico, ela surge no século XVIII junto com o processo de industrialização. 
Ø                   Ela participou da construção da nova ordem burguesa, capitalista, contribuiu para a formação da classe trabalhadora assalariada.
Ø                   Pela naturalização do trabalho assalariadoaprende-se na escola a ordem burguesa, o trabalho capitalista, assalariado. Desde pequeno se aprende que se será trabalhador para receber salário, estudar para ser alguém na vida. 
                       Pelas práticas Alienadas: o processo educativo é condicionado por elementos alheios aos sujeitos: O aluno é alheio ao planejamento escolar, os professores são alheios ao currículo, etc.
Ø                    Pela Competição: a escola fomenta a competição destrutiva entre seus membros, ao contrário da cooperação. Incentiva o fracasso dos outros e o êxito alheio é percebido como um fracasso próprio.        
Ø                                  A avaliação é tida como um motivador artificial da aprendizagem, por ela se materializa o controle e as relações... A nota vira uma moeda de troca, produzo algo e recebo algo em troca (uma nota).
Ø                             Para Freitas, a lógica da exclusão e a lógica da submissão se completam: caso as crianças não aprendam o conteúdo escolar,aprenderão a ser submissas. Sendo a escola espaço da preparação dos futuros possuidores individuais da força de trabalho no mercado e futuros competidores a disputar vagas nas empresas e a ser capital humano.
     Precisa que a organização do trabalho pedagógico tenha a ver com a realidade do campo para que transcenda a mera função de instrução no processo de ensino-aprendizagem;perpassando pela função educativa da escola, gestão participativa, participação da comunidade, cultivo da mística e padrões de cultura e convivência que respeitem os valores de igualdade, justiça e solidariedade, fazendo da escola um ambiente com conteúdos ancorados na realidade.
Ø                                Conhecimento escolar é derivado da vida
Ø                                Pesquisa da realidade (Inventário da realidade)
Ø                                Desenvolver o trabalho socialmente necessário (campo)
                  Vinculo escolar e trabalho – conexão com a vida 
Ø                              Organização do campo escolar em diferentes momentos: aulas, leitura, mística, trabalho,           Educação Física.
Ø                              Aumento do tempo escolar
Ø                               Condições estruturais

    O desafio é fazer uma escola que garanta de fato acesso ao conhecimento necessário ao uso do dia a dia do campo, e para além da realidade específica do homem do campo preparando-o, também, para o mundo.