Diante do frio e e da chuva a comunidade católica participou da festa da padroeira Santa Clara
A Seca que vingou mais de cinco anos na nossa região deu uma trégua e com a chegada da chuva podemos dizer que ela veio para ficar uma boa temporada e tirar da vida do sertanejo a tristeza de não ter água, de não produzir e a sensação angustiante do desprovimento. Portanto a chegada da chuva não pode em momento algum ser problema para prestigiar as festividades religiosas, para agradecer as bonanças que virão com as chegadas das águas que não ocorreu por meio de carros pipas e sim pelas benção do céus.
A
festa da padroeira é uma realização da Igreja Católica que desde 1855,
ano de sua construção, época que a Cidade era um vilarejo
pertencente a a cidade de Buíque e a paroquia recebera do Sr. Felipe Neri
de Araujo , homem de posses de grandes alqueires de terra, uma quantidade de
terra significante e neste espaço fora construída a capela de Santa
Clara.
A devoção pela Santa era
da família do Sr. José Silva, e se tornara uma grande família
tradicional sempre preservando com muito zelo a Igreja e a imagem da Santa que
durantes muitos anos a localidade ficara conhecida pelo nome da Santa;"VILA
SANTA CLARA DE BUIQUE", até 1944, quando o antropólogo Mario Melo, veio
fazer o reconhecimento da regiãocomo área indígena e a
padroeira sofre a primeira mudança.
A Vila de Santa Clara de Buíque
passa então a ser VILA TUPANATIcNGA. Embora a nova nomenclatura seja uma
tradução da língua portuguesa para o Tupi guarani (SANTA=DEUSA(TUPANA), CLARA= BRANCA(TINGA), a comunidade não aceitou. Em 2012
teve a segunda mudança que fora a data tradicional da comemoração. A festa
tradicional da Santa com mais de 100 anos de tradição, deixa de ser
realizadas no mês de agosto para ser comemorada durante o mês de Julho.
Para a
comunidade a mudança trouxe mais fieis para participar das comemorações. Antes só vinham para a
festa profana (Bebidas e muita animação em barracas, jogos, danças etc.). Para
alguns fieis , se tivesse de mudar que mudasse a festa de rua e não há da
Igreja. A verdade é que festa da Padroeira só tem a crescer e a cada ano cresce o número de adepto. Este ano, mesmo diante do frio e da chuva, a festa
foi realizada com muita devoção e a participação unanime da comunidade.
NA FESTA DA PADROEIRA, O HOMEM DO CAMPO CONQUISTOU SEU ESPAÇO, A MISSA DO VAQUEIRO JÁ É UM SONHO REALIZADO, ESSE ANO BEM AO SEU ESTILO, DOIS AMIGOS FORAM HOMENAGEADO: VALDIR FERRO E ANTONIO CAMILO, DOIS VAQUEIROS BONS DE GADO.
A missa do Vaqueiro continua
sendo uma grande oportunidade para manifestação de fé do homem do campo. Todo
ano, pela manha de sábado após uma grande cavalgada,
o encontro está reservado e marcado na frente da Igreja Matriz. Centenas
de vaqueiros e amazonas aguardam a benção do Padre Erinaldo e depois, a
poesia do vaqueiro se junta com as orações de fé e devoção da nação rural e
urbana da Cidade. ....
Apos a missa, o evento também tem a
participação das culturas da localidade e região. Este ano foi registrada a
participação do grupo Mirim do Samba de Coco que apresentou a dança do Reisado.
O Grupo são filhos dos sambistas mais velhos que estão se preparando para
assumir a continuidade desta tradição que vem atravessando décadas. Os
sambistas mirins são coordenado pela Mestre do Coco e da Cultura popular,
Mariquinha do Coco.
A paroquia também coordena uma equipe de grandes músicos, valorizando
com muito respeito o artista da terra e a banda dá o recado dignamente sem
pecar.
A festa cristã acolhe a comunidade de todas as formas e este ano, a
participação das escolas com seus grupos culturais abrilhantaram ainda mais o
evento. Por isso, a festa da padroeira a cada ano amplia seu espaço. Nos
próximos cinco anos, termos uma grande festa cada vez mais religiosa e com
a participação valorosa da comunidade. Parabenizamos a todos que colaboraram
com o evento e estão cada vez mais confiante da realização desta grande
festa que é a festa de Santa Clara de Assis de Tupanatinga.
por edimilson
Fotos da organização do eventos
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