O ex-deputado Ranilson Ramos, secretário estadual de
Agricultura e membro da direção regional do PSB, faz uma leitura interessante
da entrevista dada ao jornal “Valor” pelo ex-presidente Lula. A seu ver, ao
reconhecer que o governador Eduardo Campos está terminando o seu segundo
mandato muito bem avaliado pelos pernambucanos e pensando “em ocupar espaço na
política brasileira, tão necessitada de novas lideranças”, o ex-presidente
deu-lhe o aval para seguir adiante.
Sua provável candidatura a presidente da República, já agora
em 2014, na avaliação de Ranilson Ramos, é algo positivo para o próprio PT não
fosse a “visão estreita e míope” de sua direção nacional. Isso porque, segundo
ele, em vez de atrapalhar a presidente Dilma Rousseff, o governador de Pernambuco
daria uma importante colaboração para que o governo federal não volte a ser
controlado pela plutocracia paulista ligada ao PSDB, independente de ganhar ou
perder a eleição.
Ramos trabalha com três cenários para 2014. O primeiro
projeta a vitória de Dilma no 1º turno, “o que para o PSB não é problema porque
já ocorreu isso em 2002 (Ciro contra Lula) e o partido foi para o governo”. O
segundo seria uma final entre Dilma e Aécio, o que também não seria mal para o
PSB “porque o partido a acompanharia”. E o terceiro seria uma disputa entre ela
e Eduardo, com vitória deste último, o que o leva a perguntar ao PT: “É melhor
perder para nós ou para o PSDB?”
Por: Inaldo Sampaio
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