O trabalhador brasileiro é mesmo um cidadão suspeito, nunca foi a bola da vez mas nunca deixou de ser o bode expiatório. Entra crise e sai crise mas sempre paga o preço da maldade alheia. Um exemplo lamentável é o professor brasileiro, que dá o melhor de si e no final recebe uma coroa de espinho. A camara de veradores na terça feira passada, durane reunião, recebeu os servidores muncipais, na maioria professores da rede municipal de ensino, os quais demonstraram preocupação com o atraso dos salários e medo que no final do ano ao invés de salarios recebem um calote como pagamento. Enquanto isso a prefeitura estará recebendo uma boa quantia financeira refeferente ao primeiro repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) deste mês.
A Jornalista Vanusa, não é educadora mas está no sangue, porisso vejamos seu carinho pelo profissonal da educacional, através da sua cronica em homengem a essa classe tão especial mas tão maltrada
pelas politicas e politicos brasileiros.
por Edimilson
Ao Mestre, com carinho!
Quem em algum determinado momento de sua
vida, não usou esta frase, não sabe de fato a importância que um professor tem,
ou teve, em suas vidas. O professor é, antes de qualquer coisa, uma pessoa
dotada de sabedoria, mas, não falo da sabedoria adquirida através dos livros,
dos estudos – para isto, chamo de conhecimento didático – falo do dom que cada
um tem em saber distribuir seus conhecimentos para tantas pessoas em idade e
percepções diferentes.
Ora, para alguns, isso não tem nada
demais, é uma obrigação do professor na qualidade de profissional, repassar o
que sabe. É verdade, em parte, que isto seja realmente uma obrigação, mas, o
que dizer daqueles que repassam seus conteúdos, não com as didáticas dos
livros, mas, com o saber do coração? Aí sim, está a diferença entre ser o
profissional e ser o mestre.
E sim, o dom, pois, não são todos que se
predispõem a ensinar e consegue tal maestria. Eu mesma, por diversas vezes,
pensei que poderia me tornar uma professora, mas, fui percebendo que não tinha
o essencial, o dom de ensinar. Isso de certa forma me encanta, e me faz sentir
cada vez mais admiração a todos os professores que já tive e, aos que ainda
tenho. Descobri que serei sempre uma eterna aprendiz. E eu gosto disso.
Mas, excepcionalmente neste texto, quero
dedicar toda a minha admiração e gratidão a todos os que fizeram parte da minha
estudantil, desde os primórdios da minha infância escolar, quando, por algumas
vezes acompanhei minha madrinha Maria, que ensina num grupo escolar que ficava
– não sei ao certo se no Sítio Salgado ou Sítio Anastácio, ou algum outro nome
que não lembro – e, me colocava numa cadeira de madeira, qual eu me sentir tão
pequenina, cujos pés ficavam suspensos, sequer alcançavam o chão. Mas, foi ali
naquele ambiente, que percebi que estudar era bom demais. E, foi nesse mesmo
lugar que entendi o quanto era importante ter alguém para nos ensinar
algo.
E
claro, jamais esquecerei da minha primeira professora oficial, tia Maria José,
até hoje me lembro da musiquinha “Bom dia
professora como vai? A nossa amizade continua. Faremos o possível para sermos
bons amigos. Bom dia professora como vai?” E cantávamos essa e outras
músicas todos os dias. E até hoje a tenho em minhas lembranças.
São para minha madrinha Maria, que não se
encontra mais entre nós; para a tia Maria José; para meu saudoso e amado papai,
o professor Manoel Agostinho; minha cunhada Leandra Araújo; dona Ligya
Barbarchan (quem me ensinou brilhantemente o português); dona Elaine com seu
expansivo conhecimento em ciências; dona Janize e suas empolgantes aulas de
história; professor Benício, com sua parcimônia para ensinar geografia; Arnon e
os temíveis cálculos de azinutes; Triguinho e as técnicas de jornalismo;
Silvinha com direção de artes e figurino.
Todos esses representam o que a profissão
de professor tem de melhor. O carinho e a dedicação de cada um. As carinhas, às
vezes emburradas, às vezes bravas mesmo, mas, que sempre estavam, ou que sempre
estão ali, prontos para repetirem inúmeras vezes a lição. Quantas forem
solicitadas, eles repetem com a mesma convicção que antes, a de ensinar,
ensinar, ensinar.
Pois bem, quem disse que seria fácil
distribuir conhecimento? Não é. Não é verdade? Mas, eles conseguem. E são para
todos eles que dedico o meu texto. E, não importa se não será publicado na data
que deveria, pois para mim, dia do professor é todo o dia. Parece clichê o que
acabo de escrever. Um termo parafraseado em diferentes momentos, como dia das
mães, dos pais, etc. Mas, mesmo sendo ou parecendo clichê fato é que dia 15 de
outubro é apenas uma formalidade, pois, se somos estudantes, ou se fomos algum
dia, um aluno ou aluna, devemos ter na consciência, que os nossos professores
foram e serão sempre pessoas que têm muita importância para nossas vidas. Se
você absorve coerentemente o que te ensinam, é mais fácil você se tornar uma
pessoa de bem, do que o contrário, e isso, devemos aos nossos mestres, com toda
certeza.
Por isso, serei sempre grata a todos os
meus professores, aos professores dos meus filhos, e a todos os profissionais
da educação, porque sei o quão gratificante é para eles, verem que tantos
esforços valeram à pena. Quando um aluno souber valorizar seus mestres,
aprender tornar-se-á mais prazeroso do que penoso.
Aos meus queridos Mestres, com todo meu
carinho.
Vanusa Lima
Jornalista – DRT 4760/PE
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