Tupanatinga
e Suas Potencialidades Agropecuárias
(Apesar de seu potencial produtivo, o município perdeu mais de 70% do rebanho desde o iniciou da seca em 2011 e seu agravamente impiedosamente e cruel apartir de 2012. O representante do IPA, o agrônomo João, bem oportuno registrou alguns dados interessante e critico a respeito da situação em que os produtores rurais vem sofrendo com a crise causada pele estiagem em nossa região.)
Em
toda a sua história sempre foi conhecida como um munícipio produtor de grãos
como milho, feijão e tubérculo como a
mandioca em sua maioria para subsistência com a finalidade de produzir alimento
para a família.
Nas
duas últimas décadas o município passou a compor a bacia leiteira do agreste
meridional, ocupando lugar de destaque entre os maiores produtores de leite do
vale do Ipanema. Foram criados programas e desenvolvidas políticas públicas
para o desenvolvimento da atividade. Algumas atingiram êxito, outras se
tornaram desastrosas, a exemplo da ANDRI-Agencia
Municipal De Desenvolvimento Rural Do Ipanema.
A Pecuária leiteira hoje compõe 70% da economia do
município. A prova disto foi a estagnação da economia do município após a desastrosa estiagem que atingiu todo o
semiárido, além do êxodo que almentou consideravelmente nos dois últimos anos.
O rebanho tupanatinguense foi reduzido em 70% de acordo com dados da ADAGRO -
Agencia de defesa agropecuária de Pernambuco.
Os efeitos da estiagem foram desastrosos. De acordo com o
IBGE-Instituto brasileiro de geografia e estatística, o rebanho leiteiro de
Tupanatinga é formado por 80.000 reses, sendo 20.000 vacas ordenhadas, com um
total de 60.000 litros de leite dia.
“O sertanejo é antes de tudo um forte”
(Euclides da Cunha). Todas as dificuldades impostas pela estiagem resgataram
algumas práticas antigas que haviam caído no esquecimento como ensilagem,
popularmente conhecida como silo.
O poder público contribuiu com a
reestruturação da atividade com políticas públicas, a exemplo da lei que
proporcionou o perdão de 85% do das dívidas de credito rural, criação de novas
linhas de credito de estiagem e PRONAF semiárido, distribuição de raquetes de
variedades de palmas resistentes às cochonilhas, sementes de milho e sorgo,
etc.
Há ainda muito que fazer, pois a perda
foi grande, a seca obrigou pecuaristas a se desfazerem de animais de alto
padrão genitivo, sem falar nos que sucumbiram à fome e sede. De acordo com pesquisadores,
a reposição deste recurso genético levará no mínimo 20 anos para se recompor.
Políticas
públicas executadas pelo governo visando à reestruturação da bovinocultura
leiteira.
Objetivando amenizar as baixas impostas pela estiagem e
organizar o rebanho leiteiro, ajudando o produtor a manter sua produção
leiteira, o Governo iniciou várias ações emergências no estado, como distribuição
200 toneladas de cana, 250 mil raquetes de palma, 48 toneladas de sementes de
milho e outras de sorgo, elaboração de projetos de crédito rural, curso e
treinamento relacionados à produção e conservação de forragem, construção de
laboratório de processamento de sêmen, e produção de embriões. No entanto,
alguns criadores conseguiram somente a muito custo manter seus melhores animais.
Em
todos os Municípios membros da bacia leiteira do Vale do Ipanema, foram também
realizadas ações locais para motivação dos produtores, reestruturação e
fortalecimento da cadeia produtiva leiteira, enfraquecida diante dos efeitos da
longa e profunda estiagem nunca vista em nosso sertão.
O município de Tupanatinga, no entanto, foi à única das
Cidades da bacia leiteira que não apresentou nem um evento voltado à atividade
como torneio leiteiro, festival do leite ou qualquer outro que se tenha o mesmo
objetivo de fortalecer, propagar e movimentar todos os segmentos produtivos do
município e região. Somente a comunidade do Sítio Sapato realizou seu torneio
leiteiro, mesmo assim, de forma tímida e com pouco apoio.
Aproveitamos
então para informar um pouco da importância de se organizar um evento
agropecuário voltado para a bovinocultura local:
1º- Fortalecimento da
atividade;
2º - Atração de
visitantes e investidores;
3º- Movimentação do
Comércio local, restaurantes, hotéis, casas agronegócios;
4º - Exposição do
Município no senário Regional e Estadual.
JOÃO DO IPA
Nenhum comentário:
Postar um comentário