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quarta-feira, 10 de junho de 2020

FREVO NO CARNAVAL

Passistas de frevo no carnaval de Olinda Reginaldo Texeira/VEJA

É a identidade cultural de um povo. Símbolo de estima e valor para pernambucanos e brasileiros.

                                                                                                      Samara Florêncio

Desde o seu surgimento no final do século XIX, alegra e diverte os foliões que escolhem o estado pernambucano para apreciar as festividades carnavalescas. Olinda e Recife são berços do frevo, atraem turistas do mundo todo pela riqueza de blocos e atrações musicais que se reúnem no Carnaval. Além disso, são cidades que fazem parte do patrimônio histórico do Brasil.
Contudo, o frevo não faz a festa apenas na capital pernambucana. Em diversas cidades do interior, as orquestras ou fanfarras animam as multidões nos eventos. Mesmo bandas que não são reconhecidas musicalmente com o ritmo, mudam seu repertório para alegrar as pessoas nessa época do ano.
Alceu Valença é um dos cantores mais conhecidos pela sua genialidade musical. É um nativo representante do povo pernambucano, artista que em qualquer lugar do mundo apresenta o frevo. Não permite que essa sonoridade morra e fique apenas pelos quatro cantos de Olinda

                                          


Alceu Valença/Foto: Felipe Ferreira

Em uma de suas músicas, ele canta:
“Alô!
Voltei, Recife
Foi a saudade
Que me trouxe pelo braço
Quero ver novamente Vassoura
Na rua abafando
Tomar umas e outras
E cair no passo...”
A canção expressa a saudade que Recife deixa naqueles que a visitam no Carnaval. Ao som desta melodia, mais de 3 milhões de foliões sobem e descem as ladeiras de Olinda e ruas de Recife atrás dos trios elétricos.Elba Ramalho é outra figura importante para o carnaval pernambucano, embora não seja filha da terra, sempre participa dos festejos.

Em meados de 1970, surgiu o Galo da Madrugada, sem grandes pretensões fez renascer o tradicional e criativo carnaval de rua de Recife, então ameaçado pelos clubes que limitava o fazer da folia. O bloco cresceu e se tornou o maior do mundo. Anualmente arrasta milhões de pessoas no amanhecer do sábado de Zé Pereira abrindo as festas. Como já dizia Alceu Valença: “Carnaval começa com o galo da madrugada”

                
                                 Imagem do Galo da Madrugada/Foto: Rafael Furtado/Folha de Pernambuco
.            Para pular o carnaval em Recife, é preciso ter muito fôlego e disposição. Dançar frevo exige animação e alegria para ferver até a quarta-feira de cinzas. Embora o Carnaval acabe, o frevo continua vivo para os pernambucanos e brasileiros. É um símbolo artístico que contribui para o enriquecimento cultural do Brasil.


 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 A arte é um dos melhores veículos para se transmitir uma cultura e o frevo é a viva representação dessa ideia. Tal tradição permeia pelo Brasil há 113 anos. Frevo é história, arte e vida. É a identidade cultural de um povo. Símbolo de estima e valor para pernambucanos e brasileiros.
Samara Florêncio
Jornalista

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