Portal Tupanatinga: Análise de conjuntura Política: Um Projeto adiado na terra de Santa Clara.

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quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Análise de conjuntura Política: Um Projeto adiado na terra de Santa Clara.

                                                                                                                            Por:  Pe. Roberto Silva.

Falar em conjuntura política em Tupanatinga é compreender o contexto político que nos encontramos, com um claro esvaziamento de partidos políticos, e a supremacia dos Clãs familiares, os quais não permitem a política como arte do diálogo, da ciência da organização, da governabilidade e do cuidar das instituições públicas. Nesse sentido os Cristãos tem um papel importante.

Por isso, começo essa análise, me apropriando da Doutrina Social da Igreja e da fala do Papa Francisco que nos diz: “Para o cristão, é uma obrigação envolver-se na política”. Nós, cristãos, não podemos fazer como Pilatos: lavar as mãos. Não podemos! Devemos nos envolver na política, pois a política é uma das formas mais altas da caridade, porque busca o bem comum. E os leigos cristãos devem trabalhar na política. Você, então, me dirá: Mas não é fácil, pois a política está muito suja. E, então, eu pergunto: A política está suja, por quê? Não será por que os cristãos se envolveram na política sem o espírito do Evangelho? Faço-lhe outra pergunta: É fácil dizer que a culpa é de outro, mas eu o que estou fazendo? É um dever trabalhar para o bem comum, é um dever do cristão! “A política é uma das formas mais altas da caridade, porque busca o bem comum.”

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) dirige ao povo brasileiro uma mensagem de esperança, ânimo e coragem. Os cristãos católicos, de maneira especial, são chamados a dar a razão de sua esperança (cf. 1Pd 3,15) nesse tempo de profunda crise pela qual passa o Brasil. Sonhamos e nos comprometemos com um país próspero, democrático, sem corrupção, socialmente igualitário, economicamente justo, ecologicamente sustentável, sem violência, discriminação, mentiras e com oportunidades iguais para todos. Somente com a participação cidadã de todos os brasileiros e brasileiras é possível à realização desse sonho. Esta participação democrática começa no município.

Se quisermos transformar o Brasil, comecemos por transformar os municípios. As eleições são um dos caminhos para atingirmos essa meta. Os cristãos leigos e leigas não podem “abdicar da participação na política” (São João Paulo II). A eles cabe, de maneira singular, a exigência do Evangelho de construir o bem comum na perspectiva do Reino de Deus. Contribui para isso a participação consciente no processo eleitoral, escolhendo e votando em candidatos honestos e competentes.

As eleições municipais têm uma atração e uma força próprias pela proximidade dos candidatos com os eleitores. Se, por um lado, isso desperta mais interesse e facilita as relações, por outro, pode levar a práticas condenáveis como a compra e venda de votos, a divisão de famílias e da comunidade. Na política é fundamental respeitar as diferenças e não fazer delas motivo para inimizades ou animosidades que desemboquem em violência de qualquer ordem.

Dos prefeitos, no Poder Executivo, espera-se “conduta ética nas ações públicas, nos contratos assinados, nas relações com os demais agentes políticos e com os poderes econômicos”. Dos legisladores, os vereadores, requer-se “uma ação correta de fiscalização e legislação que não passe por uma simples presença na bancada de sustentação ou de oposição ao executivo”. É fundamental considerar o passado do candidato, sua conduta moral e ética e, se já exerce algum cargo político, conhecer sua atuação na apresentação e votação de matérias e leis a favor do bem comum. Uma boa maneira de conhecer os candidatos e suas propostas é promover debates com os concorrentes. Em muitos casos cabe propor-lhes a assinatura de cartas-compromisso em relação a alguma causa relevante para a comunidade.



Diante dessa realidade coloquei meu nome a disposição como um simples pré-candidato, tendo em vista, que o povo tivesse uma opção para refletir nas suas escolhas. Contudo, me foi imputado uma advertência, proveniente de uma representação de pessoas, alegando que minha possível candidatura estaria a dividir o povo da comunidade católica. Sobre pena de demissão do meu estado clerical, tive que retirar minha candidatura no momento atual, pois não estou junto do povo para dividir, mais sim, para somar e trazer novos horizontes, claro que isso, foi uma articulação daqueles que pensam o contrario, e que entende a politica como politicagem, que desconsidera o bem comum, usa de esperteza desonesta e da mentira para buscar e continuar com seus interesses pessoais.

O projeto foi adiado, mais a luta continua, para que tenhamos no futuro uma Tupanatinga, uma cidade inteligente, afinal sou Também cidadão tupanatinguese pelo decreto Legislativo nº 12/2019 aprovado de forma unânime pela câmara legislativa nos termos do Art. 35, inciso XVI da Lei Orgânica do Município e Art. 4, inciso V, alínea “e” do Regimento Interno da Casa Legislativa.

Além é claro, de ser devoto de Santa Clara nossa padroeira, que transmite um potencial sócio, econômico, turístico e religioso, que necessita ser explorado para o crescimento do nosso município, em todas as suas dimensões desde a religiosa a socioeconômico, esse ano frente à pandemia não fora possível rezar como a tradição do munícipio assim bem o faz, saudamos a todos os paroquianos e o seu vigário que apesar de todas as dificuldades com muita fé, ofereceram a toda a comunidade pelas mídias sociais a oportunidade de rezar a novena de Santa Clara, trazendo tantos benefícios a todos os devotos, sou grato por ter sido, um dos convidados para rezar durante uma das noites, minha gratidão a todos.

Por fim, deixo para você os “10 mandamentos do eleitor” faça sua reflexão.

I.      Não Deixe de Votar: A sua ausência enfraquece a democracia. Se tiver fora do seu domicílio e não for mesmo possível votar, não esqueça de justificar em qualquer local de votação. Se você perdeu o título, não haverá problema, pois você poderá votar com um documento oficial e original de identidade com fotografia.

II.    Não vote contrariando sua opinião: Não mude seu voto por influência da mídia. Nem sempre o candidato mais simpático é o mais competente.

III.   Não venda seu voto nem o troque por favores: Não só a compra de votos é crime eleitoral, pois o eleitor que vende o voto ou apenas solicita algo em troca do voto está sujeito à pena de quatro anos de detenção.

IV.   Não vote para contentar amigos ou parentes: O candidato que é bom para os outros eleitores, nem sempre será bom para você, principalmente se os parentes e amigos trabalharem para algum político.

V.    Não vote sem conhecer o programa do candidato e do partido dele: Os candidatos e partidos devem conhecer os problemas da população e ter a capacidade para solucioná-los. Analise se têm condições de cumprir o que prometem.

VI.   Não vote sem conhecer o passado do candidato: Com a Lei da “Ficha Limpa”, a Justiça Eleitoral tem sido mais efetiva em afastar os maus candidatos. No entanto, é prudente que o próprio eleitor busque melhores informações acerca da vida precedente dos políticos. A internet auxilia muito nesta busca.

VII. Não vote sem conhecer o caráter do candidato: Ter bom caráter significa viver com moralidade, o que envolve a honestidade, sinceridade, a integridade, a confiança e comprometimento. Não eleja ou reeleja candidatos sem caráter.

VIII. Não deixe nenhuma pesquisa mudar o seu voto: As pesquisas podem influenciar quando é muito grande a margem entre o primeiro e o segundo colocado, mas muito pouco entre os tecnicamente empatados.

IX.   Não anule seu voto: Ao contrário do que se pensa, mesmo que haja mais de 50% de votos nulos, isso não anula a eleição.

X.    Não vote em branco: Voto em branco: o eleitor sabe votar, mas não quer votar ou não tem candidato. É o voto de protesto. O voto branco não vai para o candidato ou partido mais votado. Nem o voto branco e nem o voto nulo conta para qualquer candidato.

Peçamos a Deus pela intercessão de Santa Clara que nos ilumine neste processo de escolha. Um fraterno abraço.

 

 

Fonte:

Cartilha da CNBB: O cidadão consciente participa da política.

Compêndio da doutrina social da Igreja, pontifício Conselho “Justiça e Paz”; trad. CNBB 4 ed. SP: Paulinas, 2008.

 

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